maresia
Eu vim do mar morei na casa de algas
Onde verdes janelas de luz difusa
Difundida pelo tapete picante rolante
De ouriços feitiços e estrelas do mar
Eu vou voltar já me vejo
Bochecho a espuma e cuspo o seixo
Recheio de pluma leve e branca
Estofa a lapa em dura pança
Dança o ventre com o umbigo
E chamo um figo ao pepino-do-mar
Eu vim da sombra escura das
Profundezas de um canto oculto
De mim, e quando volto
Relembro tudo o quanto o que já fiz
E o que não fiz
De onde vim para onde vou
Do que fugi já me encontrou
Rio que serpenteias
Arrasta teu depósito
De vida de pedra moída
Jorra o corpo pela margem
Leva a vagem a bom porto
Sangra teu destino sinuoso
Em fosso de águas mil
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